O silêncio, pra compensar toda sua
falta que ao mesmo tempo enche tudo de todo o sentido, faz-nos parecer como uma
verdadeira música que nos acalma, tranquiliza e também favorece. Os ouvidos que
sem pálpebras não consegue se desprender do ruído, aceita de maneira injusta
tal ofensa a um sentido tão sublime. Assim como um soco na barriga(depois de
uma feijoada) é de fato música ruim, que por seu caráter de entretenimento de
massa se abstém quase sempre de seu
sentido primordial, o de contemplar os sons da natureza. Foi numa fria manhã de
Abril, entre um acorde e outro que um sábio músico me disse:
A Canção do silêncio
Silêncio é o que trago
Mostro meu estrago
Num último trago
Assim apago
Apago meu caminho
Sobretudo assim sozinho
Vou seguindo esse versinho
Neste cálice! Amargo
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